segunda-feira, 23 de abril de 2012

Dormência da videira


A dormência ocorre no inverno, de maio a agosto, no hemisfério sul. É um período em que, após a queda das folhas, a planta acumula suas reservas para o próximo ciclo. É necessário limpar a videira, eliminando os galhos mortos. Os sarmentos são amarrados, para o controle de seu desenvolvimento.

Fonte: Vinhos: O essencial. Sergio Ivan Cardoso dos Santos
Imagem: http://vinicolaghellermonteazzurro.blogspot.com.br

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Conhecendo uvas e vinhos

Compartilhando com vocês a minha matéria que saiu no jornal Folha da Cidade (Dom Pedrito), no dia 24 de março.



Vitis vinifera ou Vitis labrusca? Olhando o nome assim, é difícil de saber o que é e quais as suas diferenças. Pois bem, vamos a uma rápida explicação: Vitis vinifera são as uvas de origem europeia, utilizadas para a elaboração de vinhos finos. Vitis labrusca, por sua vez, são aquelas uvas americanas utilizadas nos vinhos comuns, sucos e para o consumo in natura.
Quem nunca ouviu falar da famosa uva Niágara? Esta é uma variedade que pertence ao grupo das americanas! E a Cabernet Sauvignon? Talvez, pelo nome "extravagante", automaticamente declaremos: é uma vinífera! E realmente é uma Vitis vinifera.
Para quem não conhece muito o mundo dos vinhos, tudo parece ser muito parecido, mudando apenas o nome de cada variedade e o preço de cada vinho.
Porém, o primeiro contato com um cacho de uva europeia muda todo o nosso conceito. Essas uvas geralmente têm a baga (fruto) menor, possuem tonalidade de cor mais forte e uma doçura até repugnante, enquanto que as americanas possuem um buquê distinto, sendo bem mais agradáveis ao paladar.
Mas fica a pergunta: Qual é o melhor vinho? O fino ou o comum? O branco ou o tinto? A resposta para essas questões depende de cada um, do seu paladar, das suas tradições e da sua condição financeira. A diferença entre os dois tipos de vinho está relacionada com diversos fatores químicos, físicos, biológicos e tecnológicos.
O Brasil, principalmente a Região da Campanha do rio Grande do Sul, possui um enorme potencial para a elaboração desses vinhos, devido principalmente às condições edafoclimáticas (solo e clima) características dessa região, obtendo vinhos de qualidade similar e até superior aos chilenos, argentinos e uruguaios.
Então, porque, ao invés de escolher o vinho da campanha, o consumidor ainda prefere o importado? A resposta é simples: O consumidor ainda acredita que o vinho que vem de fora é melhor e não acredita no potencial do vinho brasileiro, por não ser uma cultura tão presente no cotidiano nacional, se comparado aos grandes produtores mundiais de vinho.
Para esta realidade mudar, precisamos nos abrir para o novo, sem preconceitos, valorizar a nossa região e acreditar na qualidade do nosso produto.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Champagne x Espumante



Segue artigo recentemente publicado no Jornal Folha da Cidade da cidade de Dom Pedrito -RS

Eis a dúvida, quais são as diferenças? Será que existem? Nesse pequeno esboço será mostrada a peculiaridade e a devida denominação dos mesmos. Começaremos falando de Champagne, que é uma região da França distante 145 Km a noroeste de Paris. Os espumantes dessa região possuem o direito legal de chamá-los exclusivamente de Champagne, por fazerem parte de uma Appellation d'origine contrôlée (AOC), ou seja, uma Denominação de Origem. Sendo que, os vinhos que possuem o certificado AOC, são produzidos em terroirs delimitados, possuem um grau mínimo de álcool, condições de envelhecimento , entre outros requisitos.
Em 1670 na cidada de Epernay no povoado de Hautviller, os monges Dom Pérignon e Dom Ruinart, descobriram elementos que muito contribuíram para o Champagne. Tais como: uso de rolhas de cortiça, uso de garrafas de vidros mais expessos e a escavação de adegas. A fama dessa bebida, começou com o fato desse vinho ter criado certa “fama” na cidade de Reims , uma cidade de grande influência na região de Champagne (França). A coroação dos reis acontecia na Catedral de Notre-Dame de Reims, mediante as festividades era então servido o “Champagne”, ficando conhecido como o Vinho dos Reis. Para elaboração dos Champagnes são permitidas as uvas Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay. Se for elaborado somente com uvas brancas será denominado um espumante do tipo (Blanc de Blancs) e se for elaborado somente com uvas tintas será denominado um espumante do tipo (Blanc de Noir).
Os espumantes brasileiros, em geral, são produzidos com uvas brancas ou tintas. Através de métodos tais como: o Champenoise, onde uma segunda fermentação é feita na própria garrafa e o Charmat, sendo um processo mais industrial onde a fermentação é feita em grandes tanques de inox que mantém a pressão natural dos espumantes, denominados autoclaves.
O Brasil é hoje um dos principais produtores de espumantes de qualidade do mundo, sendo elaborados tanto pelo método Champenoise como pelo método Charmat. Recebendo várias premiações em concursos de vinhos realizados na Itália e França. Atualmente, as principais cultivares empregadas na elaboração dos espumantes brasileiros são: o Chardonnay e o Pinot Noir. Devemos ressaltar o uso de diferentes Moscatos na elaboração de espumantes moscatéis.
Para degustar os espumantes deve se levar em consideração um fator de suma importância: a temperatura. Os mais leves e doces devem ser servidos em torno de 5 a 6°C. Os espumantes mais encorpados tipo brut e extra-brut, a uma temperatura um pouco mais alta entre 8 a 10°C.
Então surge aquela frase: "Todo o Champagne é espumante, mas nem todo o espumante é Champagne!". Claro que depende muita da ocasião e do gosto peculiar de cada um, mas sabendo que o Brasil produz excelentes espumantes, premiados internacionalmente, que tal degustar um espumante brasileiro?

Acadêmica: Eveline Vargas, Bolsita PET Agronegócios
Curso: Bacharelado em Enologia
Revisor: Professor Marcos Gabbardo