segunda-feira, 16 de abril de 2012

Conhecendo uvas e vinhos

Compartilhando com vocês a minha matéria que saiu no jornal Folha da Cidade (Dom Pedrito), no dia 24 de março.



Vitis vinifera ou Vitis labrusca? Olhando o nome assim, é difícil de saber o que é e quais as suas diferenças. Pois bem, vamos a uma rápida explicação: Vitis vinifera são as uvas de origem europeia, utilizadas para a elaboração de vinhos finos. Vitis labrusca, por sua vez, são aquelas uvas americanas utilizadas nos vinhos comuns, sucos e para o consumo in natura.
Quem nunca ouviu falar da famosa uva Niágara? Esta é uma variedade que pertence ao grupo das americanas! E a Cabernet Sauvignon? Talvez, pelo nome "extravagante", automaticamente declaremos: é uma vinífera! E realmente é uma Vitis vinifera.
Para quem não conhece muito o mundo dos vinhos, tudo parece ser muito parecido, mudando apenas o nome de cada variedade e o preço de cada vinho.
Porém, o primeiro contato com um cacho de uva europeia muda todo o nosso conceito. Essas uvas geralmente têm a baga (fruto) menor, possuem tonalidade de cor mais forte e uma doçura até repugnante, enquanto que as americanas possuem um buquê distinto, sendo bem mais agradáveis ao paladar.
Mas fica a pergunta: Qual é o melhor vinho? O fino ou o comum? O branco ou o tinto? A resposta para essas questões depende de cada um, do seu paladar, das suas tradições e da sua condição financeira. A diferença entre os dois tipos de vinho está relacionada com diversos fatores químicos, físicos, biológicos e tecnológicos.
O Brasil, principalmente a Região da Campanha do rio Grande do Sul, possui um enorme potencial para a elaboração desses vinhos, devido principalmente às condições edafoclimáticas (solo e clima) características dessa região, obtendo vinhos de qualidade similar e até superior aos chilenos, argentinos e uruguaios.
Então, porque, ao invés de escolher o vinho da campanha, o consumidor ainda prefere o importado? A resposta é simples: O consumidor ainda acredita que o vinho que vem de fora é melhor e não acredita no potencial do vinho brasileiro, por não ser uma cultura tão presente no cotidiano nacional, se comparado aos grandes produtores mundiais de vinho.
Para esta realidade mudar, precisamos nos abrir para o novo, sem preconceitos, valorizar a nossa região e acreditar na qualidade do nosso produto.

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